Aqui é o ponto de encontro de estudantes e pesquisadores que possuem interesse em startups
sábado, 20 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
“Zach” Zacharakis sintetiza o empreendedorismo
Andrew “Zach” Zacharakis foi um dos professores do programa que participei em Babson nesse ano. Possui uma série de trabalhos sobre empreendedorismo onde foca em especial no processo decisório de capital de risco e estratégias de crescimento empresarial. Por meio de uma parceria com o Prof. Dornellas algumas obras estão disponíveis no Brasil. São elas:
Planos de Negócios que dão Certo: Livro escrito por José Carlos Assis Dornelas, Jeffry A. Timmons, Andrew Zacharakis, Stephen Spinelli
Lançado em 16/10/2007. 208 pág.
Cód 9788535227109 . ISBN 978-85-352-2710-9
Como conseguir investimentos para o seu negócio - Da Idéia a Abertura de Capital: Escrito por Andrew Zacharakis, Jeffry A. Timmons, José Carlos Assis Dornelas e Stephen Spinelli Lançado em 07/2008 . 272 pág. Cód: 9788535230093 . ISBN: 978-85-352-3009-3
No link abaixo está disponível um pequeno vídeo onde "Zach" aborda sete aspectos do empreendedorismo.
http://www.youtube.com/watch?v=vgOpLzQ0QlE
Planos de Negócios que dão Certo: Livro escrito por José Carlos Assis Dornelas, Jeffry A. Timmons, Andrew Zacharakis, Stephen Spinelli
Lançado em 16/10/2007. 208 pág.
Cód 9788535227109 . ISBN 978-85-352-2710-9
Como conseguir investimentos para o seu negócio - Da Idéia a Abertura de Capital: Escrito por Andrew Zacharakis, Jeffry A. Timmons, José Carlos Assis Dornelas e Stephen Spinelli Lançado em 07/2008 . 272 pág. Cód: 9788535230093 . ISBN: 978-85-352-3009-3
No link abaixo está disponível um pequeno vídeo onde "Zach" aborda sete aspectos do empreendedorismo.
http://www.youtube.com/watch?v=vgOpLzQ0QlE
sábado, 6 de dezembro de 2008
Gerações de inovação tecnologica na educação à distância
Resolvi postar um vídeo muito interessante que aborda a evolução educação à distância (EaD ou teleducação) e as respectivas gerações de inovações tecnológicas.
Muitas pessoas pensam que a EaD é recente, mas na verdade não é. Os primeiros relatos da EaD são da Grécia antiga quando a correspondência evoluiu bastante. Mas segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston".No decorrer da sua história, a EaD foi recebendo as contribuições de várias tecnlogias até se apresentar no que entendemos hoje como e-learning.
Para diferenciar as coisas podemos definir Educação à distância - EaD como uma prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de fazer educação, e de se democratizar o conhecimento. (PRETI, 1996).
Já o E-learnig é toda iniciativa de formação à distância, em qualquer nível de ensino formal ou informal mediatizada pela Internet. (GUAREZI, 2004).
O video abaixo relata muito bem a evolução, desde a carta até a internet.
Muitas pessoas pensam que a EaD é recente, mas na verdade não é. Os primeiros relatos da EaD são da Grécia antiga quando a correspondência evoluiu bastante. Mas segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston".No decorrer da sua história, a EaD foi recebendo as contribuições de várias tecnlogias até se apresentar no que entendemos hoje como e-learning.
Para diferenciar as coisas podemos definir Educação à distância - EaD como uma prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de fazer educação, e de se democratizar o conhecimento. (PRETI, 1996).
Já o E-learnig é toda iniciativa de formação à distância, em qualquer nível de ensino formal ou informal mediatizada pela Internet. (GUAREZI, 2004).
O video abaixo relata muito bem a evolução, desde a carta até a internet.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Propriedade Intelectual no Brasil: contatos úteis
Algumas vezes as pessoas me perguntam quem é o órgão responsável por determinado tipo de criação no Brasil. A lista abaixo, não exaustiva, apresenta alguns tipos de obras e as respectivas repartições públicas competentes pela proteção.
Obras literárias
Biblioteca Nacional:
EDA – Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional
Rua da Imprensa nº 16, 12ºandar - sala 1205
Centro - Rio de Janeiro - RJ - 20.030-120
Tels. 21-2220.0039 e/ou 2262.0017
http://www.bn.br/Script/FbnEda.asp?pStrCodSessao=6C3DB860-4781-4138-AF5E-CF8316B034F4
Obras musicais:
Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Direitos Autorais
Rua do Passeio, 98
Lapa
20021-290 Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2221-7382
http://intervox.ufrj.br/musica/regaut.html
e-mail: mailto:musica@acd.ufrj.br
Obras artísticas:
O que pode ser registrado:
Trabalhos de design (jóias, caracteres, logos, etc...), fotografias, aquarelas, gravuras, esculturas, litografias e arte aplicada.
Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Av. do Ipê, 550
Prédio da Reitoria, sala 723
Ilha do Fundão
21949-970 Rio de Janeiro (RJ)
PH: (21) 2598-1649 / 2280-8693
http://www.eba.ufrj.br/direitosautorais/home.html
Trabalhos Agronômicos, de Arquitetura e de Engenharia
CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
SEPN Quadra 508, Bloco B
Asa Norte
70740-542 Brasilia (DF)
PH: (61) 3348-3705
Fax:(61) 3348-3739
http://www.confea.org.br/
Obras literárias
Biblioteca Nacional:
EDA – Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional
Rua da Imprensa nº 16, 12ºandar - sala 1205
Centro - Rio de Janeiro - RJ - 20.030-120
Tels. 21-2220.0039 e/ou 2262.0017
http://www.bn.br/Script/FbnEda.asp?pStrCodSessao=6C3DB860-4781-4138-AF5E-CF8316B034F4
Obras musicais:
Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Direitos Autorais
Rua do Passeio, 98
Lapa
20021-290 Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2221-7382
http://intervox.ufrj.br/musica/regaut.html
e-mail: mailto:musica@acd.ufrj.br
Obras artísticas:
O que pode ser registrado:
Trabalhos de design (jóias, caracteres, logos, etc...), fotografias, aquarelas, gravuras, esculturas, litografias e arte aplicada.
Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Av. do Ipê, 550
Prédio da Reitoria, sala 723
Ilha do Fundão
21949-970 Rio de Janeiro (RJ)
PH: (21) 2598-1649 / 2280-8693
http://www.eba.ufrj.br/direitosautorais/home.html
Trabalhos Agronômicos, de Arquitetura e de Engenharia
CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
SEPN Quadra 508, Bloco B
Asa Norte
70740-542 Brasilia (DF)
PH: (61) 3348-3705
Fax:(61) 3348-3739
http://www.confea.org.br/
Escritórios de Propriedade Industrial (Patentes) no mundo
WO WIPO http://www.wipo.int
EP (European Patent Office) http://www.european-patent-office.org
AD (Andorra) http://www.ompa.ad
AT (Austria) http://www.patent.bmwa.gv.at/
AU (Australia) http://www.ipaustralia.gov.au/
BE (Belgium) http://www.european-patent-office.org/patlib/country/belgium/
BR (Brazil) http://www.inpi.gov.br
BX (Benelux) http://www.bmb-bbm.org
CA (Canada) http://opic.gc.ca/
CH (Switzerland) http://www.ige.ch
CN (China) http://www.sipo.gov.cn
CU (Cuba) http://www.ceniai.inf.cu/OCPI/
CZ (Czech Republic) http://www.upv.cz
DE (Germany) http://www.deutsches-patentamt.de
DK (Denmark) http//www.dkpto.dk/
EM (OHIM) http://europa.eu.int/agencies/ohim/ohim.htm
ES (Spain) http://www.oepm.es
FI (Finland) http://www.prh.fi
FR (France) http://www.inpi.fr
GB (United Kingdom ) http://www.patent.gov.uk
GE (Georgia) http://www.global-erty.net/saqpatenti
GR (Greece) http://www.european-patent-office.org/patlib/country/greece/index.htm
HR (Croatia) http://pubwww.srce.hr/patent
HU (Hungary) http://www.hpo.hu
IS (Iceland) http://www.els.stjr.is/
ID (Indonesia) http://www.patent.go.id
IT (Italy) http://www.european-patent-office.org/it/
JP (Japan) http://www.jpo-miti.go.jp
KR (Republic of Korea) http://www.kipo.go.kr
LT (Lithuania) http://www.is.lt/vpb/engl
LU (Luxembourg) http://www.etat.lu/EC/
MC (Monaco) http://www.european-patent-office.org/patlib/country/monaco/
MK (Republic of Macedonia) http://www.ippo.gov.mk
MX (Mexico) http://www.impi.gob.mx
MY (Malaysia) http://kpdnhq.gov.my/
NL (Netherlands) http://www.bie.minez.nl
NZ (New Zealand) http://www.iponz.govt.nz
PE (Peru) http://www.indecopi.gob.pe/
PL (Poland) http://saturn.ci.uw.edu.pl/up/
PT (Portugal) http://www.inpi.pt
RO (Romania) http://www.osim.ro
RU (Russia) http://www.rupto.ru
SE (Sweden) http://www.prv.se/eng/
SG (Singapore) http://www.gov.sg/molaw/rtmp/
SI (Slovenia) http://www.sipo.mzt.si/
SK (Slovak Republic) http://www.indprop.gov.sk
TH (Thailand) http://www.dbe.moc.go.th/DIP/eng/index.html
US (United States of America) http://www.uspto.gov/
EP (European Patent Office) http://www.european-patent-office.org
AD (Andorra) http://www.ompa.ad
AT (Austria) http://www.patent.bmwa.gv.at/
AU (Australia) http://www.ipaustralia.gov.au/
BE (Belgium) http://www.european-patent-office.org/patlib/country/belgium/
BR (Brazil) http://www.inpi.gov.br
BX (Benelux) http://www.bmb-bbm.org
CA (Canada) http://opic.gc.ca/
CH (Switzerland) http://www.ige.ch
CN (China) http://www.sipo.gov.cn
CU (Cuba) http://www.ceniai.inf.cu/OCPI/
CZ (Czech Republic) http://www.upv.cz
DE (Germany) http://www.deutsches-patentamt.de
DK (Denmark) http//www.dkpto.dk/
EM (OHIM) http://europa.eu.int/agencies/ohim/ohim.htm
ES (Spain) http://www.oepm.es
FI (Finland) http://www.prh.fi
FR (France) http://www.inpi.fr
GB (United Kingdom ) http://www.patent.gov.uk
GE (Georgia) http://www.global-erty.net/saqpatenti
GR (Greece) http://www.european-patent-office.org/patlib/country/greece/index.htm
HR (Croatia) http://pubwww.srce.hr/patent
HU (Hungary) http://www.hpo.hu
IS (Iceland) http://www.els.stjr.is/
ID (Indonesia) http://www.patent.go.id
IT (Italy) http://www.european-patent-office.org/it/
JP (Japan) http://www.jpo-miti.go.jp
KR (Republic of Korea) http://www.kipo.go.kr
LT (Lithuania) http://www.is.lt/vpb/engl
LU (Luxembourg) http://www.etat.lu/EC/
MC (Monaco) http://www.european-patent-office.org/patlib/country/monaco/
MK (Republic of Macedonia) http://www.ippo.gov.mk
MX (Mexico) http://www.impi.gob.mx
MY (Malaysia) http://kpdnhq.gov.my/
NL (Netherlands) http://www.bie.minez.nl
NZ (New Zealand) http://www.iponz.govt.nz
PE (Peru) http://www.indecopi.gob.pe/
PL (Poland) http://saturn.ci.uw.edu.pl/up/
PT (Portugal) http://www.inpi.pt
RO (Romania) http://www.osim.ro
RU (Russia) http://www.rupto.ru
SE (Sweden) http://www.prv.se/eng/
SG (Singapore) http://www.gov.sg/molaw/rtmp/
SI (Slovenia) http://www.sipo.mzt.si/
SK (Slovak Republic) http://www.indprop.gov.sk
TH (Thailand) http://www.dbe.moc.go.th/DIP/eng/index.html
US (United States of America) http://www.uspto.gov/
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
O mundo é...acidentado
Em abril desse ano saiu uma matéria na Época Necócios que chamou a minha atenção e já faz tempo que eu quero postar.
O pesquisador Richard Florida apresenta um contraponto à idéia que o mundo globalizado é plano... Isso pode parecer óbvio... Mas pense o como o sucesso pessoal de uma pessoa depende do lugar onde ela escolheu morar: é um pico ou um vale?
Em 4 de março de 2008, Richard Florida lançou seu livro Who's Your City? ("Que cidade é a sua? Como a economia criativa está tornando o lugar onde você vive a decisão mais importante da sua vida"), o mundo parece, novamente, acidentado. O professor canadense de 51 anos, famoso por seus textos sobre as "classes criativas", desafia o otimismo de Thomas Friedman em O Mundo É Plano. Propõe, em seu lugar, uma economia global dominada por 40 gigantescas megalópoles, na qual a localização é simplesmente o fato mais relevante da vida pessoal e profissional. "A inovação e os recursos econômicos continuam extremamente concentrados", diz Florida. "É muito melhor para um profissional ambicioso estar em São Paulo ou no Rio de Janeiro, que eu chamo de Riopaulo, do que num lugar desimportante da Europa ou dos Estados Unidos."
Há várias novidades nessa abordagem de Florida. A primeira é que ele reúne uma avalanche de dados para ilustrar a tese de concentração humana, econômica e intelectual em aglomerados de cidades - como Riopaulo -, que ele chama de megarregiões. Essas informações são resumidas em quatro tipos de mapas globais. Eles mostram as maiores aglomerações humanas, os picos de atividade econômica (baseada em luz elétrica, detectada por satélites), as áreas de ocorrência de inovações (com base em patentes) e a concentração de cientistas (veja os mapas no site www.epocanegocios.com.br). Sua conclusão é que as megarregiões concentram 50% da produção humana e 99% das inovações do planeta. E que a globalização está aprofundando, e não reduzindo esse fenômeno.
Um punhado de megacidades concentra boa parte da renda, do talento e da inovação globais.
"A globalização tem dois lados", escreve. "O primeiro e mais óbvio é a dispersão geográfica de funções econômicas de rotina, como a manufatura." Ao mesmo tempo, prossegue, ocorre algo menos estudado, mas igualmente essencial. "Com a globalização, atividades econômicas de alto nível, como inovação, design, finanças e mídia, tendem a se concentrar em um número pequeno de localidades." Florida chama essa convivência de contrários de dialética, um termo quase esquecido do vocabulário marxista. E arremata: "O erro que se comete em relação à globalização é tratá-la como uma espécie de proposição tudo ou nada. Não é o caso", afirma. "A chave está em entender que o mundo é plano e acidentado ao mesmo tempo."
Quando se trata de inovação, a concentração é particularmente dramática (veja quadro acima). Os picos mais altos estão em regiões metropolitanas ao redor de Tóquio, Seul, Nova York e São Francisco. Ou em cidades como Boston, Seatle, Austin, Toronto, Berlim, Paris, Helsinque e Taipé. São Paulo, Buenos Aires e Cidade do México estão na lista, mas perto do final. Essas são áreas, explica Florida, com ecossistemas que incluem universidades de ponta, grandes companhias, mercado de trabalho flexível e investidores que estão afinados com as demandas do mercado de inovação. Os capitalistas de risco, diz ele, têm inclusive uma regra de ouro, que proíbe investir em companhias que estejam a mais de 20 minutos de carro do escritório deles.
A concentração de empresas e pessoas inovadoras, afirma Florida, não é acidental. Ela decorre da lógica econômica. As idéias fluem melhor, são afiadas com mais rapidez e podem ser postas em prática em menos tempo quando os inovadores, os implementadores e os sócios capitalistas estão em contato diariamente, dentro e fora do trabalho. "As pessoas criativas não se juntam nas mesmas cidades apenas porque gostam da companhia umas das outras, embora isso também ocorra", escreve o economista. "Pessoas e empresas criativas formam clusters por causa dos enormes ganhos de produtividade, economia de escala e troca de conhecimento que a densidade acarreta."
Ao telefone, falando de sua casa, o professor da Universidade de Toronto parece ansioso para divulgar suas idéias - e o faz com grande desenvoltura. Florida é uma pessoa pública, um sujeito simpático do tipo que aparece em programas de entrevistas na TV americana. Está acostumado a lidar com a discordância. Seu best-seller The Rise of Creative Class ("A ascensão da classe criativa", ainda não traduzido em português) causou sensação e controvérsia, ao defender que concentrações urbanas que reúnem especialistas em tecnologia, artistas e homossexuais correspondem a um nível mais alto de desenvolvimento econômico. Alguns críticos acharam a coisa toda mal conceituada, mas agora Florida ampliou a idéia para o resto do mundo. "Escolher o lugar onde você vai morar é pelo menos tão importante quanto escolher a universidade que você vai freqüentar ou a pessoa com quem você vai viver", afirma. "Se você mora em São Paulo, pode trabalhar ocasionalmente da praia, mas sua carreira vai ser feita na cidade, onde as outras pessoas e o crescimento estão concentrados."
Em termos pessoais, o mundo acidentado de Florida sugere a necessidade de opções. Pode-se viver em comunidades menores e atrasadas - que ele chama de vales - ou mudar-se para o pico mais próximo. Nos vales está a segurança da vida familar e comunitária, com menor possibilidade de escolha afetiva ou profissional. Nos picos está o glamour da vida globalizada, com viagens e oportunidades existenciais e amorosas. Embora localizados em diferentes países, os picos são intensamente conectados entre si, criando a impressão, entre seus habitantes, de que o mundo todo é uma grande avenida, próspera e dinâmica. Não é. E aí entra a visão sombria do seu mundo acidentado.
Nos vales junta-se uma multidão ressentida, que vive à margem das inovações e dos privilégios da modernidade. "Esse é o grande embate político do nosso tempo, não a religião", diz Florida. Sem condições de participar da parte dinâmica da economia, as pessoas são deixadas para trás e reagem com mobilizações políticas reacionárias, freqüentemente religiosas. O que se pode fazer? Tentar, com políticas públicas, diminuir a crescente concentração geográfica de privilégios. Mas, para isso, seria preciso abandonar a idéia de que o mundo é plano. "Enquanto os políticos repetem que 6 bilhões de nós vão trabalhar de casa, as pessoas excluídas estão ficando com raiva", ele afirma. "Isso pode levar a uma guerra de classes." Os picos contra os vales, quer dizer.
O site de Florida é bem interessante e recomendo a visita à parte dos mapas
O pesquisador Richard Florida apresenta um contraponto à idéia que o mundo globalizado é plano... Isso pode parecer óbvio... Mas pense o como o sucesso pessoal de uma pessoa depende do lugar onde ela escolheu morar: é um pico ou um vale?
Em 4 de março de 2008, Richard Florida lançou seu livro Who's Your City? ("Que cidade é a sua? Como a economia criativa está tornando o lugar onde você vive a decisão mais importante da sua vida"), o mundo parece, novamente, acidentado. O professor canadense de 51 anos, famoso por seus textos sobre as "classes criativas", desafia o otimismo de Thomas Friedman em O Mundo É Plano. Propõe, em seu lugar, uma economia global dominada por 40 gigantescas megalópoles, na qual a localização é simplesmente o fato mais relevante da vida pessoal e profissional. "A inovação e os recursos econômicos continuam extremamente concentrados", diz Florida. "É muito melhor para um profissional ambicioso estar em São Paulo ou no Rio de Janeiro, que eu chamo de Riopaulo, do que num lugar desimportante da Europa ou dos Estados Unidos."
Há várias novidades nessa abordagem de Florida. A primeira é que ele reúne uma avalanche de dados para ilustrar a tese de concentração humana, econômica e intelectual em aglomerados de cidades - como Riopaulo -, que ele chama de megarregiões. Essas informações são resumidas em quatro tipos de mapas globais. Eles mostram as maiores aglomerações humanas, os picos de atividade econômica (baseada em luz elétrica, detectada por satélites), as áreas de ocorrência de inovações (com base em patentes) e a concentração de cientistas (veja os mapas no site www.epocanegocios.com.br). Sua conclusão é que as megarregiões concentram 50% da produção humana e 99% das inovações do planeta. E que a globalização está aprofundando, e não reduzindo esse fenômeno.
Um punhado de megacidades concentra boa parte da renda, do talento e da inovação globais.
"A globalização tem dois lados", escreve. "O primeiro e mais óbvio é a dispersão geográfica de funções econômicas de rotina, como a manufatura." Ao mesmo tempo, prossegue, ocorre algo menos estudado, mas igualmente essencial. "Com a globalização, atividades econômicas de alto nível, como inovação, design, finanças e mídia, tendem a se concentrar em um número pequeno de localidades." Florida chama essa convivência de contrários de dialética, um termo quase esquecido do vocabulário marxista. E arremata: "O erro que se comete em relação à globalização é tratá-la como uma espécie de proposição tudo ou nada. Não é o caso", afirma. "A chave está em entender que o mundo é plano e acidentado ao mesmo tempo."
Quando se trata de inovação, a concentração é particularmente dramática (veja quadro acima). Os picos mais altos estão em regiões metropolitanas ao redor de Tóquio, Seul, Nova York e São Francisco. Ou em cidades como Boston, Seatle, Austin, Toronto, Berlim, Paris, Helsinque e Taipé. São Paulo, Buenos Aires e Cidade do México estão na lista, mas perto do final. Essas são áreas, explica Florida, com ecossistemas que incluem universidades de ponta, grandes companhias, mercado de trabalho flexível e investidores que estão afinados com as demandas do mercado de inovação. Os capitalistas de risco, diz ele, têm inclusive uma regra de ouro, que proíbe investir em companhias que estejam a mais de 20 minutos de carro do escritório deles.
A concentração de empresas e pessoas inovadoras, afirma Florida, não é acidental. Ela decorre da lógica econômica. As idéias fluem melhor, são afiadas com mais rapidez e podem ser postas em prática em menos tempo quando os inovadores, os implementadores e os sócios capitalistas estão em contato diariamente, dentro e fora do trabalho. "As pessoas criativas não se juntam nas mesmas cidades apenas porque gostam da companhia umas das outras, embora isso também ocorra", escreve o economista. "Pessoas e empresas criativas formam clusters por causa dos enormes ganhos de produtividade, economia de escala e troca de conhecimento que a densidade acarreta."
Ao telefone, falando de sua casa, o professor da Universidade de Toronto parece ansioso para divulgar suas idéias - e o faz com grande desenvoltura. Florida é uma pessoa pública, um sujeito simpático do tipo que aparece em programas de entrevistas na TV americana. Está acostumado a lidar com a discordância. Seu best-seller The Rise of Creative Class ("A ascensão da classe criativa", ainda não traduzido em português) causou sensação e controvérsia, ao defender que concentrações urbanas que reúnem especialistas em tecnologia, artistas e homossexuais correspondem a um nível mais alto de desenvolvimento econômico. Alguns críticos acharam a coisa toda mal conceituada, mas agora Florida ampliou a idéia para o resto do mundo. "Escolher o lugar onde você vai morar é pelo menos tão importante quanto escolher a universidade que você vai freqüentar ou a pessoa com quem você vai viver", afirma. "Se você mora em São Paulo, pode trabalhar ocasionalmente da praia, mas sua carreira vai ser feita na cidade, onde as outras pessoas e o crescimento estão concentrados."
Em termos pessoais, o mundo acidentado de Florida sugere a necessidade de opções. Pode-se viver em comunidades menores e atrasadas - que ele chama de vales - ou mudar-se para o pico mais próximo. Nos vales está a segurança da vida familar e comunitária, com menor possibilidade de escolha afetiva ou profissional. Nos picos está o glamour da vida globalizada, com viagens e oportunidades existenciais e amorosas. Embora localizados em diferentes países, os picos são intensamente conectados entre si, criando a impressão, entre seus habitantes, de que o mundo todo é uma grande avenida, próspera e dinâmica. Não é. E aí entra a visão sombria do seu mundo acidentado.
Nos vales junta-se uma multidão ressentida, que vive à margem das inovações e dos privilégios da modernidade. "Esse é o grande embate político do nosso tempo, não a religião", diz Florida. Sem condições de participar da parte dinâmica da economia, as pessoas são deixadas para trás e reagem com mobilizações políticas reacionárias, freqüentemente religiosas. O que se pode fazer? Tentar, com políticas públicas, diminuir a crescente concentração geográfica de privilégios. Mas, para isso, seria preciso abandonar a idéia de que o mundo é plano. "Enquanto os políticos repetem que 6 bilhões de nós vão trabalhar de casa, as pessoas excluídas estão ficando com raiva", ele afirma. "Isso pode levar a uma guerra de classes." Os picos contra os vales, quer dizer.
O site de Florida é bem interessante e recomendo a visita à parte dos mapas
Arizona State University: University as Entrepreneur
Recentemente tive contato com um material da ASU. Ao vê-lo tive a impressão de estar de frente para um grande exemplo de compromisso institucional e assimilação de fato da cultura empreendedora.
Henry Chesbrough e o Open Innovation no Brasil
Gravação das considerações do evento Open Innovation promovido pela Allagi nesse ano. Uma pena que a apresentação da parte da manhã não foi disponibilizada.
Michael Jordan "Failure" Nike Commercial
"I've missed more than 9,000 shots in my career, I've lost almost 300 games. Twenty six times I've been trusted to take the game winning shot and missed. I've failed over and over and over in my life. And that's why I succeed!"
Assinar:
Postagens (Atom)